Prematuro extremo tem alta hospitalar após 68 dias internado em Timbó

Todo bebê que nasce com menos de 37 semanas é prematuro. Mas existem casos de bebês que chegam bem antes da hora: aí são os prematuros extremos. São considerados prematuros bebês que nascem antes de 28 semanas completas de gestação e exigem cuidado especial, porque os órgãos não estão todos formados e também são imaturos. E no dia 29 de novembro, a equipe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital e Maternidade Oase recebeu o primeiro bebê com prematuridade extrema”. As informações são da doutora Jéssica Chaves (CRM 25266) que é médica pediatra (RQE 18966) e médica intensivista pediátrica (RQE 22075).

A profissional relata que na referida data nasceu na maternidade do Hospital, o pequeno timboense Hugo Miguel Köpp, pesando 739 gramas e medindo 35 centímetros. “Hugo é filho de Sandra Michele Köpp, que precisou ficar internado na UTI Neonatal por dois meses e quatro dias. Hugo era um prematuro extremo de 27 semanas, nasceu com peso de 739 gramas, procedente do centro obstétrico do Hospital e Maternidade Oase, no dia 29 de novembro de 2022, às 19h30min, após parto normal”.

O bebê, após 68 dias internado, teve sua alta hospitalar no dia 9 de fevereiro, e sua evolução que resultou na alta pode ser considerada uma vitória tanto para a mamãe, Sandra como também para a equipe de profissionais da UTI Neonatal.

A médica explica que o pequeno quando chegou na UTI Neonatal evoluiu com síndrome do desconforto respiratório agudo, necessitando de suporte ventilatório durante 50 dias. Necessitou fazer uso de antibioticoterapia devido um quadro de sepse neonatal. “O bebê teve progressão da dieta via oral, indo ao seio materno, em ganho de peso progressivo. Na sua saída da UTI já estava pesando mais de 1.960 gramas. Passou pela avaliação cardiológica, neurológica, e oftalmológica – todas normais, sem alterações”.

Jéssica explica que um prematuro extremo requer mais cuidado e atenção com o sistema respiratório, mas o bebê também pode ter alterações em todos os órgãos e sistemas. “Além disso, a pele do prematuro extremo exige cuidados, porque ainda não faz o total controle de temperatura corporal, por isso, as incubadoras auxiliam. Alguns bebês também apresentam dificuldades na parte intestinal e renal, necessitando de acompanhamento, assim como na parte oftalmológica, porque sua retina não está completamente formada”.

É por isso que logo após o nascimento, o bebê foi transferido para a UTI Neonatal e recebeu atendimento de uma equipe de multiprofissionais que cuida da saúde e do desenvolvimento do paciente 24 horas por dia. Entre os profissionais que atuam na UTI, estão: pediatras neonatologistas e intensivistas; enfermeiros; técnicos de enfermagem; nutricionistas; fisioterapeutas; fonoaudiólogo e psicólogo. Além desses profissionais que estão presentes no Hospital 24 horas por dia, caso necessário, o Hospital pode chamar um profissional de outras especialidades, como, por exemplo, cardiologista, ortopedista, cirurgiões pediátricos, entre outros, e assim proporcionar total atenção à saúde do bebê.

Após 68 dias no Hospital o pequeno Hugo recebeu alta e pode ir para casa. A médica observa que para a alta, é necessário que o bebê tenha recuperado peso, esteja com a temperatura corporal controlada e sucção efetiva e, de preferência, mamando no peito da mãe.

A  mamãe, Sandra, conta que não foi fácil passar por tudo isso, além do nascimento do Hugo ela precisou mudar toda a sua rotina, pois passava o dia inteiro no Hospital dando a total atenção ao bebê. “Tinha muita fé que ele sobreviveria a tudo isso e hoje só tenho a agradecer a Deus que meu filho nasceu aqui no Hospital e Maternidade Oase, pois o cuidado, carinho, acolhimento que nós dois recebemos de todos os profissionais, independente de setor, posso afirmar que todos, incondicionalmente, foram além de profissionais pessoas humanas, que tem coração e nós trataram com amor”.

A alta do pequeno Hugo foi um momento ímpar para todos os profissionais do Hospital que acompanharam o seu desenvolvimento no período que esteve internado na instituição.

 

FONTE : JORNAL DO MÉDIO VALE 

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