Operação Pelznickel: Polícia Militar Ambiental e Polícia Federal divulgam novas informações sobre rede de caça ilegal no Parque Nacional da Serra do Itajaí

Na manhã desta terça-feira, em Blumenau, a Polícia Militar Ambiental (PMA) e a Polícia Federal realizaram uma coletiva de imprensa para atualizar o andamento da Operação Pelznickel, que tem como objetivo desarticular uma rede de caça ilegal atuante no Parque Nacional da Serra do Itajaí. A operação, deflagrada nas últimas semanas, já resultou na prisão de diversos suspeitos e na apreensão de armas, munições e material relacionado à caça de animais silvestres.

Segundo as autoridades, as investigações apontam que o grupo estava organizado em uma rede bem estruturada, com membros responsáveis pela caça, transporte e comercialização dos animais abatidos, muitos deles de espécies ameaçadas. Além disso, há indícios de que os suspeitos realizavam caça predatória com armadilhas e armas de alto calibre, práticas que causam um forte impacto ambiental e ameaçam o ecossistema local.

Durante a coletiva, a Polícia Militar Ambiental informou que as equipes de monitoramento do Parque Nacional vinham identificando sinais de atividades de caça há meses, o que levou à intensificação das ações de vigilância e à cooperação com a Polícia Federal para aprofundar as investigações. As ações envolveram o uso de drones e monitoramento por câmeras, além de patrulhas ostensivas em áreas de difícil acesso, onde foram encontrados acampamentos e armadilhas para animais.

A Operação Pelznickel é um esforço conjunto entre forças de segurança e órgãos ambientais para combater crimes contra a fauna brasileira, e as autoridades reforçaram a importância da colaboração da população para denunciar atividades suspeitas em áreas protegidas. “A preservação da biodiversidade do Parque Nacional da Serra do Itajaí é fundamental, e qualquer ação criminosa que coloque em risco esse patrimônio natural será combatida com rigor”, declarou o comandante da Polícia Militar Ambiental, ressaltando a gravidade das atividades realizadas pelo grupo.

As investigações continuam, e novos desdobramentos são esperados nas próximas semanas.

Caçadores ilegais
Até o momento, foram apreendidas 15 armas de fogo, 1,1 mil munições, uma luneta, uma mira laser, 15 celulares, 11 armadilhas, dois GPS, seis rádio comunicador, 41 apitos, quatro coleiras com GPS e uma rede névoa. Também foram apreendidas 10 carcaças de animais e uma ave.

Conforme o comandante da PMA, Robson Savitraz, a investigação teve início em novembro de 2023 após denúncias de moradores. A PMA identificou grupos criminosos que praticavam o crime em diferentes horários do dia e abatiam diversos animais silvestres, como veados, quatis, catetos, pacas, cutias, aves, tatus e macacos. Com isso, a polícia descobriu que havia uma “comunidade de caçadores” e, então, procurou a PF para deflagrar a operação.

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