COMO VOTAM DEPUTADOS DO MEDIO VALE SOBRE ESCALA 6X1

Redes sociais em chamas: a pressão pelo fim do 6×1 e a batalha pela semana de 4 dias

REDAÇÃO

Um movimento avassalador nas redes sociais está empurrando parlamentares para o olho do furacão. Milhares de internautas clamam para que deputados assinem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada federal Erika Hilton (Psol), que propõe uma verdadeira revolução: abolir o esquema 6×1 e adotar um modelo de trabalho com quatro dias de expediente e três de descanso. A PEC sugere um limite de 36 horas semanais, com um máximo de oito horas diárias, um contraste gritante com as 44 horas atuais.

Nesta quarta-feira, a PEC já contava com quase 200 assinaturas, um número que mostra a força do debate e a insatisfação de trabalhadores com a atual jornada. A reportagem de O Município Blumenau conversou com alguns dos deputados federais de Blumenau e região para entender como se posicionam diante da proposta. Mas as respostas dos parlamentares dividiram ainda mais opiniões.

Ana Paula Lima (PT)
A deputada petista Ana Paula Lima, conhecida defensora dos direitos trabalhistas, não hesitou em assinar a PEC. Em postagens nas redes sociais, Ana Paula enfatizou a importância de combater a epidemia de burnout, depressão e ansiedade que atinge mais de 30% da população. “É urgente promover uma rotina mais equilibrada e saudável”, declarou. Seus apoiadores celebraram a iniciativa, enquanto críticos a acusam de propor algo economicamente inviável.

Gilson Marques (Novo)
Já o deputado do Novo, Gilson Marques, se posicionou frontalmente contra a PEC, causando alvoroço nas redes. Em nota, Marques questionou o impacto econômico da medida, sugerindo que uma redução de horas levaria o setor empresarial ao caos. “Se fosse possível reduzir as atuais 44 horas de trabalho sem causar uma crise nos negócios, por que parar em 36 e não em 30, 20, 10 ou até zero?”, provocou. Em questão de minutos, a declaração inflamou os comentários, atraindo tanto apoiadores quanto críticas ferozes.

Ismael dos Santos (PSD)
Ismael dos Santos (PSD) manteve-se em silêncio, gerando especulação. Enquanto internautas aguardam seu posicionamento, sua assessoria limitou-se a informar que ele participaria de reuniões ao longo do dia para avaliar a proposta. A ausência de resposta até o momento gerou desconforto entre eleitores que esperam um posicionamento firme sobre o futuro das jornadas de trabalho no Brasil.

Entre o apoio e a rejeição, a PEC da semana de quatro dias levanta uma questão polêmica: a qualidade de vida dos trabalhadores vale o risco para a economia?

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