COLUNISTA wilmar wurmath – A ROBOTIZAÇÃO – Parte I

Da revolução industrial à robotização.

Antes da revolução industrial, ou melhor, da produção em séria, e mais precisamente ainda, de produção sem encomenda pelo consumidor, o mundo está afogado em estoques de mercadorias sem destino. O destino é o consumo, mas um consumidor sem nome, endereço e sem o mesmo valor no bolso, do custo de todo esse processo de produção.
Por uma arrancada, os governos podem aumentar as rendas e o consumo, mas o consumidor direciona seu consumo à produtos frescos e não dos estoques existentes e mesmo dos produtos frescos, haverá sobras, tipo restos no coxo de “porcos satisfeitos”.
Num momento, os produtos frescos não são suficientes e aumentam de preço, gerando a desvalorização da moeda, e os produtos antigos, mesmo desvalorizados como a moeda, não atraem consumidores.
“É um enorme esforço humano despendido para produtos de lixo, e grandes recursos do meio ambiente consumidos, gerando lixos poluidores do meio ambiente”.

UM CIRCULO VIRTUOSO DO DESPERDÍCIO.

Antes da revolução industrial, ou, DA PRODUÇÃO DE ESTOQUES, o consumidor encomendava seus produtos sob medida exata da sua necessidade.
– Para um vestido tinha uma costureira, para um terno tinha um alfaiate, para uma enxada tinha um ferreiro etc….ainda restam os pedreiros, carpinteiros, mas tudo à caminho da robotização, de robôs que não produzem para robôs consumirem, mas sim, para o consumo dos humanos, da qual ele mesmo tirou as suas rendas. Uma produção para ninguém.
Simulamos de forma pura, que existisse um país de 10 mil habitantes e neste país tem empresas com 10 mil empregos. Estes 10 mil habitantes têm rendas dos 10 mil empregos e com suas rendas consomem os seus produtos produzidos, certo e tranquilo. Porém se essas empresas robotizassem 100% de sua produção, e demitissem os 10 mil empregados, deixando os 10 mil habitantes sem rendas, para quem os robôs estariam produzindo? Assim começa uma disputa pelas rendas existentes e originadas pelo trabalho humano. Estes produtos produzidos pelos robôs, estariam à procura de 10 mil consumidores (trabalhadores) que tem rendas de seu trabalho, mas então sobrariam os produtos por eles mesmo produzidos, sendo que um robô sozinho poderá produzir por milhares de humanos.
Não podemos esquecer do dono dos robôs, que sozinho fica com a renda dos 10 mil trabalhadores, porém só consegue consumir por um habitante. Hoje temos países robotizados, à procura de consumidores em países sem robôs, mas com rendas do trabalho braçal, o que está cada vez mais raro, na proporção que a robotização avança.

wilmarwurmath@hotmail.com

fonte :Wilmar Wurmath 

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