Atualização: SC tem 41 pontos de interdição em rodovias federais

Santa Catarina conta com 41 pontos de interdição em rodovias federais na tarde dessa terça-feira, dia 1º de novembro. A informação é do Centro de Comando e Controle da Polícia Rodoviária Federal atualizado às 15h.

As manifestações por parte da população vêm ocorrendo desde o domingo, dia 30, após  o resultados das eleições presidenciais.  A principal reivindicação é para que seja realizada nova eleição.

Na BR-470 segue com seis pontos de bloqueios: Navegantes (km 07), Blumenau (km 45), Pomerode (km 57), Indaial (km 67), Rio do Sul (km 139), Trombudo Central (km 158), Curitibanos (km 262), com bloqueio em ambos os sentidos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que negociou a liberação com manifestantes em 16 pontos nessa terça-feira, os quais foram liberados.

Os bloqueios ocorrem em todo o Brasil, sendo Santa Catarina o estado que mais possui pontos de concentração.

Rodovias estaduais

Na região, o trecho entre Timbó e Benedito Novo se encontrava nesta tarde totalmente bloqueado. Entre Timbó e Pomerode a via também segue interditada.

Falta de combustíveis 

Com as paralisações em rodovias, já está ocorrendo a falta de combutível em diversos estabelecimentos. Timbó, até nesta tarde, a maioria dos postos já estavam sem gasolina. O Posto Alexandre e o Posto Fratelli ainda estavam com alguma reserva até o início da tarde. O Posto Nações contava apenas com etanol e diesel e o Posto Nasato com diesel e GNV.

Nota do CNPG

O Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) divulgou uma nota na  tarde dessa terça-feira, dia 1º de novembro, dizendo que continua com o compromisso na defesa do regime democrático, segundo a Constituição Federal e que a liberdade de reunião em locais públicos não pode afetar o exercício dos demais direitos fundamentais.

Veja na íntegra:

O Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) ratifica o compromisso do Ministério Público brasileiro na defesa do regime democrático, papel insculpido na nossa Constituição Federal, manifestando respeito à vontade da maioria da população brasileira.

Os recentes ataques ao Estado Democrático de Direito, materializado nas restrições do direito de ir e vir impostos por uma parte da sociedade que pretende contestar o resultado das eleições presidenciais, em desacordo com o respeito à soberania popular do voto, não encontra amparo constitucional.

A liberdade de reunião em locais públicos não pode afetar o exercício dos demais direitos fundamentais também consagrados, sobretudo para ratificar atitudes antidemocráticas, ocasionando restrição à liberdade de pessoas e bens, acarretando danos à ordem, à economia, à subsistência e à saúde das pessoas.

Os Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União reafirmam o papel do Ministério Público enquanto defensor do Estado Democrático de Direito e, confiando no trabalho das autoridades competentes, clamam pelo respeito à decisão do Supremo Tribunal Federal pela aplicação das medidas adequadas, civil e criminalmente, com a pretensão de coibir a perturbação da ordem pública e o desrespeito à democracia.

 

FONTE : JORNAL DO MÉDIO VALE 

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