Santa Catarina intensificou as ações de prevenção contra a influenza aviária diante do aumento do risco associado à migração de aves silvestres. O estado, um dos maiores produtores e exportadores de carne de frango do Brasil, está em alerta máximo para evitar a entrada do vírus H5N1, que já causou surtos em outras regiões do país.
A Secretaria da Agricultura e da Pesca divulgou, nesta quinta-feira (5), um novo plano de ação para proteger as granjas catarinenses, que incluem reforço na fiscalização de propriedades rurais, restrições ao acesso de pessoas e veículos, e monitoramento constante de aves silvestres em áreas de risco.
De acordo com o secretário Altair Silva, a época de migração aumenta a chance de contato entre aves silvestres infectadas e criações comerciais, o que exige vigilância redobrada. “Santa Catarina tem um papel estratégico no agronegócio brasileiro. Por isso, é nossa prioridade absoluta proteger as cadeias produtivas e garantir a sanidade das aves”, afirmou.
Entre as medidas adotadas estão barreiras sanitárias mais rigorosas, a intensificação de campanhas de conscientização junto aos produtores e o fortalecimento da parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária. Além disso, equipes técnicas estão de prontidão para atender a qualquer suspeita de casos, seguindo protocolos de emergência previamente estabelecidos.
O veterinário Marcelo Fagundes, especialista em sanidade avícola, explica que o vírus da influenza aviária, apesar de raro em humanos, pode ser devastador para a avicultura. “Uma vez identificado, o impacto é não apenas sanitário, mas também econômico, com embargos comerciais e perdas significativas para o setor”, ressaltou.
Santa Catarina é responsável por cerca de 35% das exportações brasileiras de carne de frango e ostenta um histórico de excelência em biosseguridade. No entanto, com os surtos recentes em países vizinhos e no Brasil, o estado mantém atenção redobrada.
A população também foi convocada a colaborar, evitando contato com aves mortas ou com comportamentos anormais e denunciando casos suspeitos às autoridades sanitárias por meio de canais disponibilizados pela Defesa Agropecuária.
Especialistas alertam que, com as ações preventivas adequadas e a rápida resposta a incidentes, o estado pode minimizar os riscos e preservar sua posição de liderança no setor avícola global.