Preços dos alimentos dispara nos supermercados

Seca no Sul do Brasil e guerra no Leste da Europa provoca alta dos preços de combustíveis e alimentos.

Repetindo um cenário já vivido pela economia brasileira em 2021, quando o governo previa um aumento anual de 3,3 % para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), mas terminamos o ano com um resultado mais de três vezes maior, 10,06%, a inflação de janeiro e fevereiro já dá mostras de que as projeções da equipe econômica de Bolsonaro, Paulo Guedes & Cia., serão facilmente ultrapassadas.
Para 2022, os economistas estimaram um aumento de 5,44% para o IPCA, mas não é esta a realidade que o consumidor está encontrando nas prateleiras dos supermercados e nas bombas de combustíveis.
A guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe o risco de haver um corte de fornecimento de petróleo russo à Europa Ocidental e nesta quarta-feira o preço do barril se aproximava dos US$ 120. O aumento dos combustíveis gera um efeito cascata, pois os alimentos precisam ser transportados do produtor aos pontos de venda. E, há poucos dias, o presidente russo, Vladimir Putin, previu que o corte do fornecimento de gás e petróleo de seu país para a Europa poderia elevar o preço bo barril a US$ 300.
Aqui no Sul do Brasil,
Alimentos: A seca na região Sul do país na passagem de 2021 para 2022 afetou a produção de culturas importantes, como soja e milho. Além de influir diretamente nos custos de alimentos, esses itens são insumos nas criações de animais, pressionando também a inflação de carnes (aves, suínos e bovinos.
Combustíveis: O preço do petróleo no mercado mundial ganhou novo fôlego neste ano por causa da atividade econômica mais forte no hemisfério norte e do receio de um conflito entre a Rússia -segundo maior produtor mundial- e a Ucrânia. Depois de subir 23% em 2021, o barril (tipo Brent) já avançou mais 17% neste ano.

Redação Médio Vale em Foco

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