Em júri de 3 dias, 8 são condenados a 124 anos pela morte de PM que foi espancado e baleado em SC


Marcos Alberto Burzanello há dois anos foi morto na saída de uma casa noturna em Tangará, no Meio-Oeste de Santa Catarina, em 2022. Policial militar Marcos Alberto Burzanello
Reprodução
O Tribunal do Júri de Tangará, cidade no Meio-Oeste de Santa Catarina, condenou oito pessoas pela morte do policial militar Marcos Alberto Burzanello, ocorrida há dois anos. Juntas, as penas do grupo somam 124 anos e três meses de reclusão. A vítima foi espancada e levou um tiro na perna esquerda, atingindo a veia femoral.
A condenação foi divulgada na quarta-feira (30), após três dias de júri. O crime aconteceu em 3 de dezembro de 2022, quando o policial tentou evitar uma briga. Ele estava de folga, segundo o Tribunal de Justiça.
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Conforme o Ministério Público (MPSC), Burzanello foi atingido com socos, chutes, pedradas e garrafadas no chão, impossibilitando chance de reação. Os golpes feriram várias partes do corpo do PM, incluindo a cabeça.
“Durante o ataque, os réus tentaram tomar o revólver do policial, e um projétil acabou atingindo a perna esquerda, provocando perda de sangue”, segundo o MP. Burzanello foi levado às pressas para o hospital, mas não resistiu e morreu, deixando uma filha de quatro anos.
As câmeras de segurança flagraram toda a ação, mostrando que os réus contribuíram de diferentes formas para a consolidação do crime. Alguns deles seguraram a vítima enquanto outros desferiram os golpes, impediram que os seguranças se aproximassem do local e lutaram pela posse do revólver.
Oito pessoas são condenadas por homicídio de PM em Tangará
Penas individuais
As penas variam de 18 a 22 anos de reclusão em regime fechado. As qualificadoras imputadas aos seis réus condenados por homicídio foram:
motivo fútil
meio cruel
morte de um policial em decorrência da função exercida
emprego de recurso que impossibilitou a defesa
Outros dois réus foram condenados por lesão corporal seguida de morte e cumprirão cinco anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto, ou seja, terão que passar as noites no presídio. O processo tramita em segredo de Justiça e o nome e detalhes dos condenados não foram divulgados.
Policial morreu após ser agredido por um grupo de pessoas na saída de casa noturna
Polícia Militar de Santa Catarina/Divulgação
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