Uma salva de palmas aos homens que estão ajudando no Rio Grande do Sul

Centenas de barcos, Jet Skys, canoas e outros meios de locomoção aquática têm sido vistos nas ruas das cerca de 400 cidades atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Na maioria deles, todos os ocupantes são homens. Na outra parte há homens acompanhados de mulheres. Alguém viu, nas milhares de postagens sobre os voluntários que estão trabalhando nas enchentes, algum desses veículos ocupados somente por mulheres? Eu não vi! Mas, me corrijam se eu estiver errada. E, antes de mais nada, quero deixar claro aqui que não estou falando mal das mulheres. Até porque sou uma defensora ferrenha do direito e privilégio de sermos mulheres, com tudo de bom que temos e também com nossas chatices.

Porém, procuro ser uma pessoa justa, e justiça seja feita. Temos que aplaudir o que os homens fazem de bom e que faz parte da natureza masculina. Está no DNA deles oferecer proteção, segurança e tomar decisões rápidas, utilizando o lado racional do cérebro. Além disso, fisicamente não há o que discutir: eles são mais fortes e estão dando um show no resgate às vítimas. Sozinhos ou em parceria com mulheres, eles estão fazendo um belíssimo trabalho.

Enquanto os homens carregam nos braços uma vítima de 50 quilos ou mais, as mulheres dão carinho, acolhimento, características inerentes ao gênero feminino. Eles remam, elas cozinham, cuidam das crianças e dão banhos em animais. E, com isso, não estou dizendo que não há mulheres remando ou homens cozinhando e dando banho em animais. Apenas generalizei para mostrar que homens e mulheres, juntos, são imbatíveis. É essa relação de confiança entre os sexos opostos que traz a prosperidade. Não precisamos viver em guerra.

Eu queria muito ter ido ao Rio Grande do Sul ajudar as vítimas. Porém, jamais entraria num barco somente com mulheres. Além da relativa falta de força física, há o perigo de estupro ou roubo durante a ação. Não temos necessidade de passar por isso para provar o nosso valor.

O importante é unirmos competências para ajudar quem está precisando. E, se uma mulher quiser remar ou pilotar um Jet Sky, tudo bem! Mas chamou a atenção, em um mundo cada vez mais repleto de homens emocionalmente frágeis, ver representantes do gênero masculino tomando a frente e exercendo o papel de macho-alfa.

 

FONTE : PORTAL IMULHER /LILIANI BENTO

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