O ex-presidente do Santos Futebol Clube, Orlando Rollo, foi solto no último sábado (18). Ele, que é investigador da Polícia Civil, é acusado de desviar e comercializar cocaína.
A soltura foi determinada pela a 5ª Vara Criminal da Comarca de Santos. O Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região entendeu, a partir de documentos apresentados pela defesa, que a apreensão do celular do advogado João Armôa, também preso pelo envolvimento no caso, teria sido realizada de maneira ilegal.
O aparelho era a principal prova que autorizou a instalação de um inquérito contra Rollo.
A decisão, obtida pela CNN com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), prevê a suspensão das medidas investigativas e do acesso aos celulares do ex-presidente e dos demais acusados.
Além de Rollo e de João Armôa, outras cinco pessoas foram denunciadas na ação pela prática dos crimes de tráfico de drogas e de associação para o tráfico. Quatro acusados, incluindo Orlando, são agentes da Polícia Civil.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), Rollo e outros três agentes teriam se “apropriado” de 790 quilos de cocaína e, então, colocado a carga à venda para terceiros.
Mesmo com a revogação da prisão, os investigados estão proibidos de mudar de endereço e deixar a residência por mais de oito dias consecutivos. Eles devem estar presente em todos os atos processuais.
Orlando Rollo foi presidente do Santos em 2020, tendo substituído José Carlos Peres na gestão do clube. Além de ter sido diretor e conselheiro do clube, Rollo é investigador da Polícia Civil de São Paulo desde 2022.
Em posts em sua rede social, advogado Alex Ochsendorf, que representa Rollo e o investigador Joaquim Bonorino, agradeceu o empenho dos colegas durante o processo para a soltura dos acusados. Ele ainda afirma que, apesar do resultado, outros atos serão realizados para o esclarecimento de todo o ocorrido
FONTE : Marcos Guedes / CNN BRASIL