Parlamentares criticam encerramento do programa de escolas cívico-militares

A tribuna da Assembleia Legislativa continua sendo palco para manifestações dos parlamentares com críticas à decisão do governo federal de encerrar o programa de escolas cívico-militares. A medida foi comunicada semana passada, por meio de ofício, aos secretários de Educação de todo o país.

Em sessão plenária, o tema foi levado à tribuna pelo deputado Maurício Peixer (PL), que destacou a importância do modelo para o aprimoramento da qualidade do ensino e a transmissão de princípios como disciplina, patriotismo e civismo aos estudantes.

O parlamentar também procurou desvincular o programa do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos militares que, de acordo com ele, participam apenas como monitores, com as questões didático-pedagógicas permanecendo sob o controle dos professores da rede pública de ensino. “Infelizmente este governo federal está desconstruindo o que é bom na educação e mexendo no que é o maior patrimônio de cada um de nós, que são os nossos filhos”, declarou.

Em aparte, Emerson Stein (MDB) citou manifestação da Secretaria de Educação de Itapema, sobre as melhorias obtidas na aprendizagem e disciplina dos alunos das duas escolas do município onde o modelo foi aplicado. Em face disso, ele qualificou a decisão do governo federal como um “equívoco” e disse que apoiará o governador Jorginho Mello sobre dar continuidade ao programa em Santa Catarina.

Antídio Lunelli (MDB), por sua vez, qualificou o ato do governo federal como um “autoritarismo” contra quem pensa diferente do atual presidente e um “desrespeito” contra professores, alunos e militares. “Eleito com a promessa de unificar o país, com esse tipo de decisão Lula na verdade prova que o projeto deste governo é agradar somente aos que pensam como ele.”

O parlamentar disse ainda estar satisfeito com a decisão de Jorginho Mello de manter o programa no estado, e que pedirá que mais municípios, como Jaraguá do Sul, sejam contemplados.

 

FONTE : REDE CATARINENSE DE NOTÍCIAS

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