Casal é acusado de matar a criança, esconder o corpo e ligar para a polícia dizendo que ela havia sumido.
A mãe e o padrasto da pequena Isabelly de Freitas, de três anos, vão a julgamento nesta terça-feira (3), em Indaial. Os dois são acusados de matar a menina, esconder o corpo e ainda falsamente dizer que ela tinha sido sequestrada. O júri popular está marcado para começar às 8h. Ao longo de todo o dia devem ser ouvidas 10 testemunhas, além do próprio casal.
Tanto a mãe quanto o padrasto são acusados de homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima. As penas devem ser aumentadas por se tratar de crime contra menor de 14 anos e contra uma familiar. O casal também foi denunciado por ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
Eles podem pegar 20 anos de prisão.
No total, cinco testemunhas foram chamadas pelo Ministério Público de Santa Catarina e elas serão as mesmas testemunhas que serão ouvidas pela defesa do réu. Já a defesa da mãe arrolou outras cinco pessoas diferentes para o julgamento.
Conforme o processo, no dia 4 de março deste ano, por volta de 11h, a mãe e o padrasto mataram Isabelly na residência onde a família morava, no bairro Rio Morto, em Indaial. Pouco mais de quatro horas depois do crime, o casal transportou o corpo da criança em uma mala (veja no vídeo abaixo), e enterrou a pequena em uma cova rasa, em um local de mata fechada, no bairro João Paulo II, na mesma cidade.
No mesmo dia do assassinato, a mãe e o padrasto noticiaram falsamente o desaparecimento da criança à Polícia Militar, que gerou um boletim de ocorrência. Os policiais entraram em contato com a mãe, a qual teria informado que, na tarde do dia do crime, deu falta da filha de três anos. Foram efetuadas buscas nas proximidades, inclusive com apoio de cão farejador, mas sem sucesso.
Após ouvir testemunhas e os investigados, a Polícia Civil identificou que a história do desaparecimento era estratégia do casal para tentar não ser desmascarado. O corpo foi encontrado após dois dias e ambos tiveram decretada a prisão preventiva. O laudo pericial apontou a causa da morte como traumatismo cranioencefálico, provocado por uma série de agressões.
A polícia disse que a casa foi limpa após a morte de menina.
Crédito: NSC TOTAL
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