Casal chegou a forjar o sequestrou da criança para ocultar a violência. Julgamento começa nesta terça-feira (3), quase nove meses após o crime. Mãe e padrasto abandonam mala usada para transportar criança morta
Começa nesta terça-feira (3) o júri popular da mãe e do padrasto acusados de matar a menina Isabelly de Freitas, de apenas 3 anos. O crime que chocou em março deste ano a cidade de Indaial, no Vale do Itajaí. A criança “morreu de tanto apanhar”, segundo a Polícia Civil, e teve o corpo transportado em uma mala para, em seguida, ser enterrado em cova rasa.
Na época, o casal chegou a forjar que a menina havia sido sequestrada, para despistar a polícia. Presos desde 6 de março, eles foram denunciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
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O júri terá início às 8h e ocorre no Fórum da Comarca de Indaial. No total, serão dez testemunhas ouvidas: cinco arroladas pelo Ministério Público, as mesmas da defesa do réu, e outras cinco arroladas pela defesa da acusada. O processo tramita em segredo de Justiça.
Isabelle de Freitas, de 3 anos, desapareceu em Indaial
Reprodução/Redes sociais
Relembre o crime
O crime aconteceu em 4 de março e o corpo de Isabelly foi localizado dois dias depois. Havia sangue em um dos quartos da casa, sala, cozinha e banheiro.
Para despistar, o casal forjou um sequestro, mas foi flagrado por câmeras dispensando a mala usada para transportar o corpo da criança (veja no vídeo no início da reportagem).
O crime ocorreu por volta das 11h na casa onde a família morava, no bairro Rio Morto.
O casal teria reagido de forma violenta contra a menina após ela não querer comer e indicar que iria chorar.
A mãe e o padrasto passaram a agredir a criança, principalmente na cabeça, o que provocou a morte dela, por traumatismo cranioencefálico. Isso foi confirmado em laudo pericial.
Após a morte, o casal colocou o corpo da menina em uma mala e a levaram a uma área de mata fechada no bairro João Paulo II, também em Indaial, onde enterraram a vítima em uma cova rasa.
Vídeo revela casal transportando criança morta após crime
Reprodução/Divulgação
No mesmo dia, os dois ainda comunicaram um falso crime à Polícia Militar, dizendo que a criança estava desaparecida.
Dois dias após a morte, a mãe e o padrasto foram presos temporariamente. A prisão deles foi convertida em preventiva em 3 de abril.
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