Impacto da escassez hídrica nas empresas é tema de palestra do SENAI Blumenau na Semana Ambiental

A escassez hídrica vem impactando cada vez mais as atividades das organizações mundiais, seja pela baixa disponibilidade dos recursos ou pela poluição dos próprios cursos hídricos. Foi sobre esse tema que o especialista em serviços tecnológicos no Instituto SENAI de Tecnologia Ambiental, pós-graduado em Engenharia Sanitária e Ambiental, Bruno Haas,  discorreu durante o workshop “Eficiência Hídrica e a sua relação com o ESG”, que aconteceu dentro da programação da Semana Ambiental – ESG, indústria e sustentabilidade, promovido pela entidade. 

De acordo com o especialista, esse cenário faz com que as empresas busquem estabelecer estratégias mais eficientes e harmoniosas com o meio ambiente, seja com ações voltadas à redução da demanda e consumo, ou pela gestão dos efluentes gerados. 

Atualmente, o mundo passa por um momento em que as crises ambientais vem se intensificando, principalmente em relação à escassez hídrica. Exemplo disso é que hoje 2,1 bilhões de pessoas não têm acesso a água limpa e segura para consumo e 3,4 milhões de pessoas morrem anualmente pela falta e contaminação da água. Os dados são da Organização das Nações Unidas. “Isso reflete intensamente na qualidade de vida das pessoas e no andamento dos negócios, com isso, debater sobre esse assunto é de grande relevância para geração de debates que gerem consciência nas pessoas”, aponta Haas. 

Segundo dados apresentados pelo Senai, de toda água captada no Brasil, 40% é perdida durante a distribuição. Em Santa Catarina este índice é de 35,7%. “Essas perdas estão relacionadas a problemas de tubulação, estações de tratamentos e etc. E tudo isso, reflete intensamente na escassez hidrida”, comenta. 

Qual a relação do ESG com a eficiência hídrica das empresas? 

O ESG (Environmental, Social and Governance) se refere a questões ambientais, sociais e de governança corporativa. O especialista cita ações que as organizações podem tomar para se encaixarem nos princípios do Pacto Global com o ESG, como assumir práticas que adotem uma abordagem preventiva, responsável e proativa para os desafios ambientais; desenvolver iniciativas e práticas para promover e disseminar a responsabilidade socioambiental; e incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente responsáveis. 

Apresentado pelo especialista, a primeira estratégia para conectar a eficiência hídrica e o ESG é mexer na cultura das organizações. “Isso envolve atendimento à legislação, melhoria no desempenho interno, tudo isso considerando aspectos naturais e o envolvimentos das outras partes interessadas. Podemos afirmar que isso refletirá redução de custos operacionais, garantia de suprimentos e contribuição com a conservação dos ecossistemas das organizações. Ou seja, as atitudes das empresas podem melhorar esse cenário mundial de escassez de água”, complementa. 

Por fim, Haas relata que o SENAI possui ações aplicadas dentro das empresas e que busca auxiliar na gestão de águas e efluentes líquidos, como análise e acompanhamento do cumprimento legal do uso da água por meio do atendimento a requisitos legais e ocorrência de sanções; prática de gestão através de programas voltados ao uso e consumo eficiente da água; retração da empresa referente a pesquisa e desenvolvimento; e envolvimento da empresa em programas com a cadeia de suprimentos e comunidade. ‘Outro tópico importante é a análise de desempenho, que é feita através de monitoramento do consumo de água e geração de efluentes, aplicação de técnicas que incentivam a redução do consumo e das cargas poluentes lançadas em corpos receptores”, finaliza.

ALINE CAMARGO
Presse Comunicação

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