Liderança ou discórdia: o que você promove? 

Liderança é um método de interferência na vida de outras pessoas. Ser líder é se doar, ensinar, servir, ouvir e aconselhar os colaboradores de forma que acrescente na organização. De fato, para exercer uma boa liderança, é preciso desenvolver características específicas dotadas do entendimento do outro.

E no contexto de liderança, a organização precisa sempre estar em primeiro lugar. Sem ela podemos puxar o freio de mão e parar de discutir qual a diretriz, metas e modelo de gestão. Perde-se o contexto que origina toda essa conversa.

Mas aquela força que parece gritar nos líderes e os leva a buscar ganhar sempre, tem como efeito colateral a amnésia, ou seja, apaga o objetivo principal que é contribuir para fazer com que a organização progrida. Logo que esse objetivo se perde, ocorre o parto dos promotores da discórdia. Nascem com postura autodestrutiva e esperneiam para todos os lados em busca da vitória pessoal e não de uma vitória coletiva que gere bons resultados a todos.

Funciona mais ou menos assim: esse tipo de liderança encabeça todos os combates, sem filtro do que é trivial ou relevante e por conta disso, faz com que os demais desperdicem tempo. Caso a diretoria da empresa não corrobore com suas ideias, esse líder inicia uma batalha, repudiando os que as rejeitaram. Sendo assim, cria inimigos empresariais, perde força e construção colaborativa.

O fim dos conflitos entre equipes

Ao invés de promover discórdia, os líderes devem estar atentos às relações no trabalho. Gerenciar conflitos significa olhar para o problema sob o ponto de vista profissional, através de uma postura executiva. Para evitar desentendimento empresarial, compartilho algumas dicas:

– Ouvir e depois falar: evite criticar ou interromper alguém, ouça primeiro e entenda os motivos.

– Foco sempre nos fatos: exclua da sua vida profissional as histórias que são cheias de julgamento e emoção. Foque nos fatos e a partir deles, promova discussão para solução dos conflitos.

– Busque soluções e não culpados: foque no que pode ser feito daqui para frente, afinal, não conseguimos mudar o passado.

– Procure ajuda se necessário: o auxílio de um profissional para intermediar conflitos empresariais pode ser necessário. 

– Respeito é primordial: o respeito é a base das relações saudáveis.  

Ainda podemos considerar que há líderes que mesmo provendo a discórdia nas organizações, entregam importantes resultados no balanço. Mas é preciso ficar atento pois isso não os valida como bons líderes. A questão fundamental é que ele não faz resultado por ser assim, mas ‘apesar’ de ser assim. Chega um momento em que dígitos expressivos ao lado do nome do líder podem não ser suficientes para mantê-lo no cargo. Enquanto números importam, lealdade é crucial.

Por isso, vale a reflexão sobre quanto esse líder poderia render se utilizasse outro tipo de estratégia. A saúde da organização é prioridade e está à frente de tudo que possa entrar em uma lista individual de vitórias. 

NATHÁLIA HEIDORN
Presse Comunicação

Por Carolina Valle Schrubbe,

especialista em desenvolvimento de líderes e equipes e fundadora da Quare Desenvolvimento.

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